SOUZA, Adriana. Mulher uma força que caminha. Anais IV DESFAZENDO GÊNERO... Campina Grande: Realize Editora, 2019. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/64162>. Acesso em: 28/12/2024 08:32
Estudar e pesquisar as mulheres, nos seus deslocamentos diÁrios nas cidades, requer um apanhado histÓrico dos vÁrios contextos sociais, culturais, acadÊmicos, profissionais e familiares do significado e interpretaÇÃo da leitura de ser mulher na sociedade. Como foram e ainda sÃo construÍdas e lidas pela sociedade? Como sÃo interpretadas? Quais sÃo os valores atribuÍdos a elas? AlÉm de elencar as diversas “obrigaÇÕes” e “limitaÇÕes” vivenciadas e percebidas apenas por mulheres nas cidades. A motivaÇÃo deste estudo estÁ vinculada a perpetuaÇÃo de um processo retrÓgrado apoiado em padrÕes masculinos de planejar e governar cidades (cidades patriarcais), entendido e concebido com normas e medidas “tradicionais/padrÕes” com a intenÇÃo, no mÍnimo, enviesada de proporcionar uma maior qualidade de vida para toda a populaÇÃo. Contudo, diversos anseios, assim como a prÓpria diversidade e a pluralidade da espÉcie humana, nÃo estariam contemplados. Esta pesquisa leva em consideraÇÃo um estudo de caso em duas cidades localizadas em paÍses distintos, a soluÇÃo padrÃo/tradicional É entendida como todas as soluÇÕes que sÃo pensadas na mÉdia, no padrÃo, no “normal” que abrem mÃo de procurar atender diferenÇas e se concentram no homem mÉdio comum, e por opressor tudo aquilo que restringi as capacidades de deslocamentos de qualquer grupo de indivÍduos, no caso especÍfico desta tese se refere Às mulheres. Desta forma, sendo o patriarcado um regime de dominaÇÃo-exploraÇÃo das mulheres pelos homens, desconsiderÁ-lo no debate do planejamento e das sobre(vivÊncias) nas cidades, pormenoriza o grande privilÉgio masculino e o desvincula dos mecanismos de dominaÇÃo, opressÃo e exploraÇÃo estruturais das cidades.