ESTE TEXTO PARTE DE REFLEXÕES A RESPEITO DE PROCESSOS VIVENCIADOS POR GRUPOS DE QUADRILHA JUNINA DO INTERIOR DO CEARÁ. A FACE DESSE MOVIMENTO CULTURAL QUE NOS INTERESSA AQUI É A PRESENÇA DE MULHERES TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO INTERIOR DESSA MANIFESTAÇÃO, CUJAS EXISTÊNCIAS NESSE CONTEXTO SUSCITAM QUESTÕES CAPAZES DE PROMOVER IMPORTANTES REFLEXÕES ACERCA DA EXPERIÊNCIA DE PESSOAS TRANS EM NOSSA SOCIEDADE, UMA VEZ QUE A QUADRILHA E AS FESTAS JUNINAS, ENQUANTO MANIFESTAÇÃO TÍPICA, FAZEM PARTE DOS FLUXOS CULTURAIS QUE A CARACTERIZAM. SOB ESSE ASPECTO, O TRABALHO PROCURA REFLETIR SOBRE O LUGAR OCUPADO POR ESSAS PESSOAS DENTRO DESSA EXPRESSÃO FESTIVA, OBSERVANDO OS CONTRASTES E PARADOXOS CONTIDOS NA VIVÊNCIA DE TAIS INDIVÍDUOS NO ÂMBITO DA CULTURA JUNINA A PARTIR DE SEUS PRÓPRIOS DISCURSOS. TENTA AINDA CAPTAR OS SIGNIFICADOS SOCIAIS ATRIBUÍDOS POR TAIS PESSOAS A SUA INSERÇÃO NESSE MEIO, BUSCANDO COMPREENDER EM QUE MEDIDA ESSA EXPERIÊNCIA NA QUADRILHA JUNINA ATUA NA CONSOLIDAÇÃO DE UMA IDEIA DE FEMINILIDADE PARA AS MULHERES TRANS NO CONTEXTO EM QUESTÃO.