AS CRIANÇAS, DURANTE O MOMENTO DE FORMAÇÃO ESCOLAR, CONSTROEM-SE A PARTIR DE RELAÇÕES SOCIALIZANTES E PROCESSOS QUE REFORÇAM A GENERIFICAÇÃO CORPORAL DE ACORDO COM O SEXO BIOLÓGICO. NA EDUCAÇÃO FÍSICA, POUCO SE DISCUTE SOBRE O MODELO ADULTOCÊNTRICO E CISHETERONORMATIVO IMPOSTO ÀS CRIANÇAS DE FORMA EXTREMAMENTE VIOLENTA. ASSIM, OBJETIVAMOS PROBLEMATIZAR A (DES)GENERIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ALUNOS E ALUNAS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO. TEMOS COMO QUESTÃO A INVESTIGAR: DE QUE FORMA O DISCURSO ADULTOCÊNTRICO E CISHETERONORMATIVO SE MATERIALIZA NAS AÇÕES DOCENTES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM QUESTÃO? PARA TANTO, REALIZAMOS UMA PESQUISA ENCOBERTA, QUALITATIVA E DE TIPO ETNOGRÁFICO, ACOMPANHANDO DEZ AULAS DE UMA TURMA DE PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. COLHEMOS NOSSOS DADOS ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE, REGISTRANDO-OS EM DIÁRIOS DE CAMPO, POSTERIORMENTE ANALISADOS. ENCONTRAMOS UMA ESPÉCIE DE REGIME QUE, CORROBORANDO COM PRECEITOS ADULTOCÊNTRICOS E CISHETERONORMATIVOS, CONTRIBUI PARA A CRIAÇÃO DE MENINOS E MENINAS DESDE TENRA IDADE, CONFERINDO POSSIBILIDADES DIVERGENTES PARA AMBOS E APENAS NESTE JOGO BINÁRIO E ANTAGÔNICO DE RECONHECIMENTO DAS IDENTIFICAÇÕES. AINDA, ESSE DISCURSO É REITERADO E NATURALIZADO PELO PROFESSOR RESPONSÁVEL. É PREOCUPANTE QUE ESTE QUADRO SE ARRASTE POR MAIS DE DÉCADAS, SENDO NECESSÁRIO REVERTÊ-LO ATRAVÉS DE DISCUSSÕES PROFUNDAS E REFLEXIVAS, QUE INSTIGUEM A MUDANÇA DE POLÍTICAS E AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS, DE PROFESSORES/AS, PAIS, MÃES E DEMAIS MEMBROS DE UMA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA.