ESTE ENSAIO TEM COMO OBJETIVO SUSCITAR REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE DA MULHER NEGRA ACADÊMICA, ELE SURGE EMPIRICAMENTE A PARTIR DA NOSSA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA: MULHER NEGRA DE 35 ANOS DE IDADE, NORDESTINA, MÃE DE CRIANÇA DE 2 ANOS DE IDADE, DOUTORA EM EDUCAÇÃO, DOCENTE DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO INTERIOR DO NORDESTE BRASILEIRO. E ESPELHA UMA QUESTÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE: A DIFICULDADE DO RECONHECIMENTO DO SUJEITO NEGRO, MULHER, COMO PRODUTORA DE PENSAMENTO POR PARTE DE SETORES HEGEMÔNICOS DA ACADEMIA BRASILEIRA, PERMEÁVEIS, PORTANTO, AO RACISMO, E SEUS MECANISMOS, COMO DA “INVISIBILIDADE NEGRA”. COMPREENDENDO QUE NÃO SE ESGOTA AQUI, A QUESTÃO QUE ORA PERMEIA NOSSAS REFLEXÕES, E QUE SE APRESENTA NESTE ENSAIO UMA PRIMEIRA TENTATIVA DE SISTEMATIZAÇÃO, COMPREENDENDO QUE A PRODUÇÃO DE NÓS, SOBRE NÓS É UM VERDADEIRO CHAMADO AO NOSSO PROTOGANISMO E RECONFIGURAÇÃO DO MUNDO A PARTIR DE OUTRAS EPISTEMOLOGIAS. É UM COMBATE AO EPISTEMICÍDIO SISTEMÁTICO QUE ANIQUILA NOSSA CULTURA, INTELECTUALIDADE E FAZERES POLÍTICOS.