“RESPEITEM MEUS CABELOS, BRANCOS”: INFÂNCIA, IDENTIDADE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA EM AS TRANÇAS DE BINTOU E OS CABELOS DE LELÊ
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O presente artigo tem como escopo refletir sobre a relevância da literatura infanto-juvenil afro-brasileira no pensar/fazer da escola pública nacional. Nesse sentido, tomamos como corpus as obras “As tranças de Bintou” (Graça Reis) e “Os cabelos de Lelê” (Valéria Belém). Amparados nas contribuições de Candido (2004), Zilberman e Silva (1990), Coelho (1995), MEC (2006), Souza e Lima (2006) e Munanga (2005), principalmente, dialogaremos a partir das relações estabelecidas entre a literatura afro-brasileira e o seu ensino, estabelecendo-nos no cerne do debate sobre a educação nas/para as relações étnico-raciais no âmbito escolar. O pressuposto candidiano da literatura como direito de todos os cidadãos marca esse trabalho a partir da afirmação de um estatuto estético-histórico-cultural dos textos afro-brasileiros infantis e da sua forte contribuição para a ressignificação identitária, bem como para a desconstrução do racismo, na infância." 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