O livro A moça tecelã, de Marina Colasanti, é uma narrativa que desconstrói o horizonte de expectativas do leitor, em relação à estrutura tradicional dos contos de fadas. Colasanti, em seu texto, leva o leitor/a aos lugares simbólicos da mulher e do homem, dentro da clivagem dos espaços públicos e privados, já que em sua narrativa, a personagem feminina é independente, sendo o tecer metáfora da construção de sua própria vida, da satisfação e realização de seus anseios existenciais. Nesta perspectiva, ao se trazer a leitura deste texto literário para a sala de aula, abre-se espaço para problematizar o lugar e a legitimização do eu e do outro, dentro de uma dada ordem social, colocando em questão, valores e estereótipos construídos em torno dos papeis sociais atribuídos as mulheres, numa cultura ainda patriarcalista.