A POPULAÇÃO RURAL É DEFINIDA COMO GRUPO QUE RESIDE FORA DOS LIMITES URBANOS, NUM ESPAÇO EM QUE A CONDIÇÃO DE VIDA É MARCADA PELA POBREZA, INVISIBILIDADE E DIFICULDADE DE COBERTURA DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ESPECIALMENTE NAS REGIÕES MAIS POBRES DO PAÍS. NESSAS CIRCUNSTÂNCIAS, A MULHER RURAL SE ENCONTRA ATRAVESSADA POR DIVERSOS FATORES QUE AFETAM SEU CONTEXTO DE VIDA, SOMATIZANDO VULNERABILIDADES E AGRAVOS, VISTO QUE ENFRETAM SITUAÇÕES DE DESIGUALDADE DE GÊNERO, DESVALORIZAÇÃO FAMILIAR E ESTÃO SUBJUGADAS DESEMPENHANDO DIVERSAS FUNÇÕES NO AMBIENTE DOMÉSTICO E TRABALHANDO NA AGRICULTURA, ALÉM DE POSSUÍREM SUAS VOZES ANULADAS E ENFRENTAREM SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA QUE IMPACTAM SUAS VIDAS ESTÃO PERMEADAS PELA INVISIBILIDADE DA PROBLEMÁTICA NA ÁREA DA SAÚDE E TORNANDO AS INTERVENÇÕES FRAGILIZADAS. DIANTE DISSO O TRABALHO OBJETIVA IDENTIFICAR SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA VIVENCIADAS POR MULHERES RURAIS. TRATA-SE DE DADOS PRELIMINARES DE UMA PESQUISA DE ABORDAGEM QUANTITATIVA, EM DESENVOLVIMENTO NUMA COMUNIDADE RURAL LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI-BA. FORAM ENTREVISTADAS 20 MULHERES QUE RESPONDERAM AO QUESTIONÁRIO SÓCIODEMOGRÁFICO NA FASE DE TESTE DO INSTRUMENTO QUE TEVE SUA APLICAÇÃO INICIADA NO DIA 30 DE ABRIL DE 2019 AO DIA 04 DE JUNHO 2019. PARA ESTE TRABALHO OS SEGUINTES RESULTADOS FORAM ENCONTRADOS: 90% SE AUTODECLARARAM DA RAÇA/COR NEGRA, 40% NÃO CONCLUÍRAM O ENSINO FUNDAMENTAL E 30% NÃO CONCLUÍRAM O ENSINO MÉDIO, 75% RECEBIAM ATÉ UM SALÁRIO MÍNIMO, 85% DEPENDIAM FINANCEIRAMENTE DE TERCEIROS, 40% TINHAM ENTRE 18 A 29 ANOS, 40% JÁ FORAM AGREDIDAS, ONDE 37,5% SOFRERAM ABUSO SEXUAL, VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA (37,5%), INFANTIL (25%), DOMÉSTICA (25%) E INSTITUCIONAL (15,5%).