Este trabalho analisa a origem da sociedade civil a partir das contribuições de Marx e Rousseau. O mesmo foi baseado em uma pesquisa bibliográfica com ênfase na dialética entre quantidade/qualidade. Tal apreciação se concretizou a partir do estudo do livro O Contrato Social (1762) de Jean-Jacques Rousseau. Objetivamos realizar uma investigação crítica apoiadas no Materialismo Histórico-dialético de Karl Marx. No decorrer da investigação nos deparamos com o fato de o surgimento da sociedade civil está intrinsecamente associado ao surgimento do Estado, havendo assim a necessidade de refletir sobre o mesmo. Rousseau é um defensor da criação do Pacto Social (Estado), idealizando um Estado como aparelho que defende e confere direito a todos os indivíduos contratantes. Marx propõe o inverso, o Estado reproduz os interesses das sociedades de classes, ou seja, os interesses da classe dominante. Assim, a sociedade torna-se desigual. Desse modo, verificamos que Rousseau defende que o surgimento da sociedade civil ocorreu naturalmente devido a necessidade de superação de obstáculos do cotidiano, diferentemente da teoria marxista que aponta o trabalho como ato fundante do ser social.