NO ANO DE 2007 O BRASIL SEDIOU OS JOGOS PAN-AMERICANOS, COM ESTE EVENTO TIVEMOS O INÍCIO DE GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS NO TERRITÓRIO NACIONAL, QUE CULMINARAM COM OS JOGOS OLÍMPICOS DE 2016, UM DOS EVENTOS ESPORTIVOS DE MAIOR EXPRESSÃO MUNDIAL. NESSE EVENTO NOTOU-SE UM AUMENTO NO NÚMERO DE MEDALHAS CONQUISTADAS PELO BRASIL E UM DOS FATORES APONTADOS COMO CONTRIBUINTE PARA ESSE RESULTADO FOI A CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE APOIO AO ATLETA DE ALTO RENDIMENTO QUE ESTÁ VINCULADO AS FORÇAS ARMADAS. ASSIM, O OBJETIVO DO ESTUDO É VERIFICAR SE HOUVE UM AUMENTO NO QUANTITATIVO DE MEDALHAS E SUA CORRELAÇÃO COM O NÚMERO DE ATLETAS MILITARES. AO TRATAR ESPECIFICAMENTE SOBRE O PAAR E OUTROS PROGRAMAS DE CARÁTER MILITAR EXISTEM POUCAS FONTES, LEITE 2007; GUIRRA 2014; TEIXEIRA 2016; KRAVCHYCHYN E OLIVEIRA 2016, SÃO ALGUMAS QUE REMETEM A TEMÁTICA DO ESPORTE MILITAR. DURANTE O PROCESSO METODOLÓGICO FORAM PESQUISADOS TRABALHOS COM TEMAS CORRELATOS AO ESPORTE MILITAR E A LEGISLAÇÃO PAAR E UTILIZOU-SE O RECORTE DE 2000-2018. FORAM DESCRITORES DE INCLUSÃO: “LEGISLAÇÃO ESPORTIVA”, “POLÍTICA ESPORTIVA BRASILEIRA”, “MILITARY” E “ATHLETES MILITARY” NAS PLATAFORMAS ELETRÔNICAS SCIELO E CAPES. FOI FEITO TAMBÉM UM LEVANTAMENTO DE NÚMERO DE ATLETAS PARTICIPANTES E DE MEDALHAS CONQUISTADAS, COM BASE REFERENCIA OS JOGOS OLÍMPICOS DE ATENAS 2004, LONDRES 2012 E BRASIL 2016. PARTICIPAM DO PAAR - A MARINHA, O EXÉRCITO E A FORÇA AÉREA BRASILEIRA, CADA UM COM UMA ESPECIFICIDADES EM DETERMINADAS MODALIDADES. O PERÍODO DO ATLETA NO PROGRAMA TEM A DURAÇÃO MÁXIMA DE 8 ANOS E OBEDECE A CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DO EDITAL DE CONTRATAÇÃO DE CADA UMA DAS FORÇAS ARMADAS E RESPECTIVAS UNIDADES MILITARES A QUAL SE REFERE O EDITAL (MINISTÉRIO DA DEFESA 2018). ISSO OCORRE POR MEIO DE UM CONTRATO, DE CARÁTER PROVISÓRIO. CONSTATA-SE A CONTRIBUIÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS PARA A MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ATLETAS DE ALTO RENDIMENTO NO BRASIL, UMA VEZ QUE A PARTIR DOS DADOS DO MINISTÉRIO DA DEFESA, DOS 465 ATLETAS DO TIME BRASILEIRO QUE PARTICIPARAM DA EDIÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016, 145 PERTENCIAM ÀS FORÇAS ARMADAS, (MINISTÉRIO DA DEFESA 2016). APESAR DA MELHORA DO DESEMPENHO ESPORTIVO BRASILEIRO NAS ÚLTIMAS EDIÇÕES DOS JOGOS OLÍMPICOS, ALGUMAS INFORMAÇÕES DEVEM SER CONSIDERADAS: EM 2004, 1,61% DOS ATLETAS ERAM VINCULADOS AS FORÇAS ARMADAS E NÃO CONQUISTARAM NENHUMA MEDALHA. JÁ EM 2012, 19,69% DOS ATLETAS ERAM VINCULADOS AS FORÇAS ARMADAS CONTRIBUINDO COM 29,41% DAS MEDALHAS BRASILEIRAS, NO ANO DE 2016, COM A CONTINUIDADE DO PROGRAMA, AS FORÇAS ARMADAS PARTICIPARAM COM 31,18% DOS ATLETAS QUE CONQUISTARAM 68,42% DAS MEDALHAS, TENDO UMA MELHORA EXPRESSIVA NO RENDIMENTO ESPORTIVO E NOS RESULTADOS DO ESPORTE NACIONAL. NESSE DIAPASÃO EVIDENCIOU-SE QUE IMPACTOS NOS RESULTADOS FORAM PERCEBIDOS PELAS NOVAS POLITICAS ENVOLVENDO ATLETAS E FORÇAS ARMADAS, SENDO HOJE UMA DAS MANEIRAS DA MANUTENÇÃO DO ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO NO PAÍS. ENTRETANTO, NÃO SE PODE, DE MANEIRA SIMPLISTA, ATRIBUIR ESSES RESULTADOS SOMENTE AO ACRÉSCIMO DESSES ATLETAS DAS FORÇAS ARMADAS, POIS MUITOS DELES JÁ ESTAVAM PREPARANDO-SE ANTERIORMENTE E COLOCAM A INSTITUIÇÃO MILITAR SOMENTE COMO MAIS UM DE SEUS PATROCINADORES. É NECESSÁRIO DIFERENCIAR ESSES ASPECTOS, DEIXANDO EVIDENTE QUE HOUVE UMA CONTRIBUIÇÃO, PORÉM, O RESULTADO NÃO PODE SER INTEGRALMENTE ATRIBUÍDA AS FORÇAS ARMADAS E NESSE SENTIDO NOVOS ESTUDOS DEVEM SER REALIZADOS PARA ANALISAR TODAS AS NUANCES QUE AS NOVAS POLITICAS ESPORTIVAS NACIONAIS POSSUEM.
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