A INFLUÊNCIA DINÂMICA ENTRE VÁRIOS MECANISMOS FISIOLÓGICOS QUE REGULAM A FC, INSTANTANEAMENTE, FAZ COM QUE A FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) TENHA O SEU BATIMENTO VARIADO. ESTA FC É CONTROLADA PELA ATIVIDADE SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA, E O SEU EXAME DE FLUTUAÇÃO PERMITE A OBSERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. DE UMA FORMA GERAL, QUANTO MAIOR A VARIABILIDADE DOS INTERVALOS ENTRE BATIMENTOS CONSECUTIVOS (R-R), MAIOR A ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA. A REDUÇÃO DO TÔNUS VAGAL CARDÍACO E, POR CONSEGUINTE, DA VARIABILIDADE DA FC (VFC), ESTÁ ASSOCIADA À DISFUNÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA, A DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS E CONSEQUENTEMENTE AO MAIOR RISCO DE MORTALIDADE. ASSIM, BAIXA VFC É UM FATOR DE RISCO PARA MORTALIDADE, SOBRETUDO EM PESSOAS IDOSAS, E ESTÁ ASSOCIADA A OUTROS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR, COMO POR EXEMPLO, A OBESIDADE, HIPERINSULINEMIA, HIPERGLICEMIA, ELEVAÇÃO NOS NÍVEIS DE COLESTEROL TOTAL, TRIGLICERÍDEOS, LIPOPROTEÍNAS DE BAIXA DENSIDADE (LDL-C). DESTA FORMA, O OBJETIVO DESTE TRABALHO FOI ANALISAR A CORRELAÇÃO ENTRE O PERFIL LIPÍDICO E ÍNDICES DE VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DE MULHERES IDOSAS. A PRESENTE AMOSTRA FOI COMPOSTA POR MULHERES COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 60 ANOS (N = 35, IDADE MÉDIA = 68,4 ± 7,0 ANOS). PARA A AVALIAÇÃO DA VFC, TODAS AS VOLUNTÁRIAS RECEBERAM AS RECOMENDAÇÕES PARA O TESTE. OS REGISTROS FORAM COLETADOS EM PERÍODO DE 30 MINUTOS, COM TODAS AS IDOSAS EM POSIÇÃO DECÚBITO DORSAL. EXAME BIOQUÍMICO FOI REALIZADO EM DIA SUBSEQUENTE PARA AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO (COLESTEROL, GLICEMIA, TRIACILGLICEROL, HDL-C). ANÁLISE DE CORRELAÇÃO DE SPEARMAN FOI REALIZADA. A MULHERES APRESENTARAM OS SEGUINTES VALORES MÉDIOS DOS ÍNDICES DE VFC: RMSSD (MS) = 26,96±20,51; SDNN (MS) = 33,60±17,54; PNN50 (%) = 6,90±9,40; LF (NU) = 48,19±21,44; HF (NU) = 51,80±21,44; LF/HF = 1,60±12,18. QUANDO ANALISADAS AS CORRELAÇÕES, FORAM IDENTIFICADAS CORRELAÇÕES ESTATISTICAMENTE SIGNIFICATIVAS SOMENTE ENTRE OS ÍNDICES DE VFC RMSSD E PNN50 COM O HDL-C, COM UMA RELAÇÃO INVERSA E MODERADA (RHO = -0,474 E -0,439, RESPECTIVAMENTE. PORTANTO, NAS MULHERES INVESTIGADAS, EM FASE INICIAL DE PROGRAMA DE TREINAMENTO RESISTIDO, OS MAIORES VALORES DE HDL-C ASSOCIARAM-SE AOS MENORES VALORES DAS DIFERENÇAS ENTRE OS INTERVALOS R-R, REPRESENTADOS PELAS DUAS VARIÁVEIS.