A obesidade infantil é um preocupante tema pela sua alta prevalência mundial nos últimos anos e
consequente desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis ao longo da vida adulta.
Crianças obesas tem apresentado associação com a baixa qualidade de vida (QV) relacionada à
saúde. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito de um programa com exercício físico na qualidade
de vida relacionada à saúde de crianças com excesso de peso ou obesidade. Trata-se de um ensaio
clinico experimental. A amostra foi composta por 52 crianças com idades entre os seis e doze anos
classificadas com sobrepeso ou obesidade pelo índice de massa corporal (IMC) acima do percentil
85 para idade e sexo conforme os critérios da Organização Mundial de Saúde. As crianças foram
aleatoriamente divididas em três grupos: n=21 Grupo Intervenção Salão (GIS), n=15 Grupo
Intervenção Piscina (GIP) e n=16 Grupo Controle (GC). Avaliou-se, antes e após 18 semanas de
intervenção (três vezes por semana, com duração de 60 minutos cada sessão), a estatura, a massa
corporal, IMC e a qualidade de vida relacionada à saúde autorrelatada pela utilização do
questionário pediátrico de Qualidade de Vida – Pediatric Quality of LIfe Inventory (PedsQL 4.0). O
teste de ANOVA de medida repetida foi usado na comparação entre tempo, grupo e na interação
tempo*grupo, com nível de significância p<0,05. Finalizaram a intervenção n=40 crianças, n=15
GIS, n= 13 GIP e n=12 GC. O domínio físico e qualidade de vida geral relatado pelas crianças
apresentou interação tempo*grupo, p<0,05. Um achado interessante é o aumento nos escores do
domínio físico pelos GIS e GIP e que está relacionada à habilidade da criança em executar
atividades da vida diária com uma melhora na qualidade de vida nas ações de andar, correr e na
prática de esporte. Conclui-se, que o programa proporcionou efeitos positivos na qualidade de vida
relaciona à saúde, quanto ao domínio físico como no domínio geral relatado por crianças com
excesso de peso ou obesidade. Apoio CAPES.