O cajueiro é uma frutífera de extrema importância socioeconômica para a região Nordeste. A qualidade de um pomar está diretamente relacionada ao bom desenvolvimento das mudas e para isso o uso de um substrato de qualidade torna-se fundamental. A matéria orgânica por sua vez, auxilia nos atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo (VILELA & MENDONÇA, 2013). A vermiculita é uma fonte de Ca, K e Mg para as plantas (SOUSA et al., 2011). A sua extração resulta em grandes descartes, provocando danos ao ambiente (RODRIGUES et al, 2014). Portanto, o seu aproveitamento surge como alternativa de redução deste impacto. Desse modo, o objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento de mudas de caju utilizando o clone CCP 76, com diferentes proporções de resíduo de vermiculita, matéria orgânica (M.O) e solo. O estudo foi realizado em ambiente telado do Centro de Ciência e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande (CCTA /UFCG), Campus Pombal-PB. O experimento foi alocado no delineamento inteiramente casualizados, em esquema fatorial 5x3, sendo cinco proporções de rejeito de vermiculita (0, 10, 20, 30 e 40%) e três níveis de matéria orgânica (0, 15, 30%) com quatro repetições, totalizando 60 unidades experimentais. Cada parcela era constituída de uma sacola de 1 L contendo uma planta em cada. O rejeito de vermiculita foi obtido em área de descarte próxima a uma mineradora localizada no município de Santa Luzia-PB. Após 60 dias da emergência das plântulas foram realizadas avaliações da altura de planta, diâmetro do caule e número de folhas. Avaliou-se a massa seca das folhas e caule, massa seca de raízes e total. Os dados foram submetidos à análise variância e regressão polinomial, utilizando-se o Software SISVAR®. Houve efeito significativo para altura da planta, número de folhas, massa secas de folha, massa seca de caule, massa seca de raiz e massa seca total. O diâmetro do caule não foi afetado apenas na proporção 10% de matéria orgânica, ao nível de 1 e 5% de probabilidade. Para altura da planta observou-se uma resposta positiva na proporção 20% de rejeito de vermiculita, quando utilizou 10 e 20% de M.O. Em relação ao diâmetro os melhores valores foram obtidos nos 20% de rejeito de vermiculita, na proporção 0 e 10 % de matéria orgânica. O melhor tratamento para o número de folha foi aos 10% de matéria orgânica e 20 % de rejeito de vermiculita. A massa seca de folhas, massa seca de raiz e massa seca total apresentaram respostas positivas aos 20% de rejeito e de matéria orgânica. Para massa seca de caule na proporção 0 e 10% sua resposta foi crescente com aumento do rejeito. Portanto, o rejeito de vermiculita e a matéria orgânica apresentaram potencial para produção de mudas de caju (CCP 76). Adição de 20% de rejeito de vermiculita proporcionou melhor desenvolvimento das mudas de caju. A maioria das características citadas foram favorecidas com adição de 10% de M.O ao rejeito.