De acordo com RESOLUÇÃO CONAMA nº 358 de 2005, em seu artigo 1°, enquadram-se nos parâmetros estabelecidos para Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (RSSS), todos aqueles referentes a atividades relacionadas com o atendimento à saúde humana ou animal. Neste artigo, é apresentado o estudo de caso a respeito do controle ambiental de resíduos sólidos de serviços de saúde em uma maternidade pública “X”, localizada na cidade de Natal, no bairro de Tirol, no Rio Grande do Norte. O presente trabalho expõe e analisa o gerenciamento dos resíduos hospitalares no estabelecimento escolhido, desde sua geração, bem como seu acondicionamento, transporte interno e coleta, além do comportamento dos funcionários locais acerca de questões ambientais e seu conhecimento legal a respeito do tema. As análises foram feitas com base em informações colhidas durante visitas técnicas realizadas ao local estudado, por meio de entrevistas locais e registros visuais, e comparando-os aos parâmetros legais utilizados como base para o artigo, bem como sua classificação para RSSS e o descarte adequado do tipo específico de resíduo em questão, em face dos riscos toxicológicos e patológicos que este representa em razão de seu gerenciamento inadequado. A análise crítica e ambiental da maternidade em relação ao gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde, com entrevistas direcionadas aos pacientes, teve finalidade de fazer um comparativo com a legislação e implicou o recolhimento de informações necessárias para a elaboração do diagnóstico socioambiental, incluindo uma vistoria às instalações da maternidade, com a finalidade de qualificar os acondicionadores, o transporte interno e a destinação parcial dentro do local avaliado. Com base nos dados adquiridos mediante as etapas realizadas para a construção da pesquisa, foram obtidos resultados significativos e de caráter favorável na maioria dos aspectos levados em conta para o referido estudo de caso da maternidade. No entanto, os dados obtidos por meio de uma entrevista aplicada a certa parcela de pacientes abordados in loco, evidenciaram algumas respostas negativas, principalmente à maneira como ocorre o descarte, referentes à opiniões de 27% dos entrevistados no grupo participante; assim como uma resposta inadequada à importância e ao conhecimento legal da disposição dos resíduos sólidos por parte destes, que integram o grupo, sendo constituído por funcionários em 50% das respostas. Assim, concluiu-se que os resultados foram satisfatórios em parte, todavia, alguns resultados apontam para correção moderada de conduta no local e a elaboração de planejamento quanto ao controle interno dos resíduos gerados por meio da criação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), pois os perigos relacionados ao cenário descrito potencializam-se para recém nascidos e mulheres gestantes ou cirurgiadas, em virtude de maior vulnerabilidade e suscetibilidade à contração de infecções hospitalares e doenças causadas por microorganismos presentes nos resíduos infecciosos (FORMAGGIA, 1995).