Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DE GASTRÓPODES TERRESTRES DO RIO GRANDE DO NORTE

Palavra-chaves: INVENTÁRIO BIOLÓGICO, DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, BIODIVERSIDADE Pôster (PO) AT 03 - Riquezas naturais do semiárido: preservação e conservação
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      RESUMO\r\n
      A fauna de determinada região pode ser estudada por gerações futuras se os exemplares \r\n
      permanecerem em condições de estudo, sendo testemunhos da biodiversidade existente na\r\n
      natureza. Para que isso ocorra as coleções zoológicas depositadas em museus servem de\r\n
      testemunho e por isso precisam ser preservadas. O conhecimento dos moluscos existentes em\r\n
      uma determinada região, inclusive os invasores, bem como seus nichos ecológicos e\r\n
      microhabitats, é importante para a saúde e economia do ser humano, visto que vários\r\n
      gastrópodes podem ser vetores de doença em humanos ou de outros animais. Alguns  são\r\n
      considerados pragas na agricultura. Na região nordeste, há registros de predação de moluscos\r\n
      gastrópodes por sagui (Callitrix jahccus) e lagartos, principalmente no período da seca,\r\n
      constituindo um item alimentar desses vertebrados. A classe Gastropoda apresenta três\r\n
      subclasses: Opisthobranchia, Prosobranchia e Pulmonata, mas somente as duas últimas\r\n
      possuem representantes terrestres. A subclasse Prosobranchia divide-se nas ordens\r\n
      Archaeogastropoda, Mesogastropoda e Neogastropoda, sendo que apenas os\r\n
      Archaeogastropoda e os Mesogastropoda possuem espécies terrestres. O presente trabalho tem\r\n
      como objetivo listar os moluscos gastrópodes terrestres coletados no Estado do Rio Grande do\r\n
      Norte e que foram depositados na coleção didática do Departamento de Botânica e Zoologia\r\n
      da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para tanto, foi consultada bibliografia\r\n
      pertinente, especialmente Simone (2006). Como resultados foram encontradas 26 espécies,\r\n
      que pertencem a oito famílias: Helicinidae, Odontomastidae, Streptaxidae, Achatinidae,\r\n
      Simpulopsidae, Othalicidae, Strophocheilidade e Bulimidae e um total de 11 gêneros. Foram\r\n
      registrados para os municípios de Mossoró, São Tomé, João Câmara, Ceará Mirim e Nísia\r\n
      Floresta. Salgado e Coelho (2003) listaram 27 famílias encontradas em coleções no Brasil,\r\n
      Europa e Estados Unidos. Estudos sobre moluscos terrestres começaram a despertar interesse\r\n
      a partir do século XVIII, quando coletas foram iniciadas e os exemplares depositados em\r\n
      coleções científicas. Os gastrópodes terrestres apresentam caracteres morfológicos adaptados\r\n
      a esse ambiente. Um aspecto muito importante é a capacidade que os moluscos terrestres têm\r\n
      de sobreviver em ambientes desfavoráveis, com pouca umidade e por isso são mais ativos no\r\n
      início da manhã ou á noite. Nesse caso, para se proteger das adversidades ambientais, os\r\n
      moluscos secretam um muco na abertura da concha, o que evita a perda de água dos tecidos.\r\n
      No inverno ou em períodos de seca, é mais difícil a localização dos moluscos, já que eles\r\n
      entram em estado de hibernação, muitas vezes enterrando-se no solo. Entretanto, em razão da\r\n
      escassez de informações publicadas relativas aos gastrópodes terrestres no Brasil e\r\n
      especialmente no Rio Grande do Norte, novas coletas são necessárias para a confirmação das\r\n
      informações aqui levantadas. Os levantamentos e inventários biológicos são importantes\r\n
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      que pertencem a oito famílias: Helicinidae, Odontomastidae, Streptaxidae, Achatinidae,\r\n
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      Floresta. Salgado e Coelho (2003) listaram 27 famílias encontradas em coleções no Brasil,\r\n
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

RESUMO A fauna de determinada região pode ser estudada por gerações futuras se os exemplares permanecerem em condições de estudo, sendo testemunhos da biodiversidade existente na natureza. Para que isso ocorra as coleções zoológicas depositadas em museus servem de testemunho e por isso precisam ser preservadas. O conhecimento dos moluscos existentes em uma determinada região, inclusive os invasores, bem como seus nichos ecológicos e microhabitats, é importante para a saúde e economia do ser humano, visto que vários gastrópodes podem ser vetores de doença em humanos ou de outros animais. Alguns são considerados pragas na agricultura. Na região nordeste, há registros de predação de moluscos gastrópodes por sagui (Callitrix jahccus) e lagartos, principalmente no período da seca, constituindo um item alimentar desses vertebrados. A classe Gastropoda apresenta três subclasses: Opisthobranchia, Prosobranchia e Pulmonata, mas somente as duas últimas possuem representantes terrestres. A subclasse Prosobranchia divide-se nas ordens Archaeogastropoda, Mesogastropoda e Neogastropoda, sendo que apenas os Archaeogastropoda e os Mesogastropoda possuem espécies terrestres. O presente trabalho tem como objetivo listar os moluscos gastrópodes terrestres coletados no Estado do Rio Grande do Norte e que foram depositados na coleção didática do Departamento de Botânica e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para tanto, foi consultada bibliografia pertinente, especialmente Simone (2006). Como resultados foram encontradas 26 espécies, que pertencem a oito famílias: Helicinidae, Odontomastidae, Streptaxidae, Achatinidae, Simpulopsidae, Othalicidae, Strophocheilidade e Bulimidae e um total de 11 gêneros. Foram registrados para os municípios de Mossoró, São Tomé, João Câmara, Ceará Mirim e Nísia Floresta. Salgado e Coelho (2003) listaram 27 famílias encontradas em coleções no Brasil, Europa e Estados Unidos. Estudos sobre moluscos terrestres começaram a despertar interesse a partir do século XVIII, quando coletas foram iniciadas e os exemplares depositados em coleções científicas. Os gastrópodes terrestres apresentam caracteres morfológicos adaptados a esse ambiente. Um aspecto muito importante é a capacidade que os moluscos terrestres têm de sobreviver em ambientes desfavoráveis, com pouca umidade e por isso são mais ativos no início da manhã ou á noite. Nesse caso, para se proteger das adversidades ambientais, os moluscos secretam um muco na abertura da concha, o que evita a perda de água dos tecidos. No inverno ou em períodos de seca, é mais difícil a localização dos moluscos, já que eles entram em estado de hibernação, muitas vezes enterrando-se no solo. Entretanto, em razão da escassez de informações publicadas relativas aos gastrópodes terrestres no Brasil e especialmente no Rio Grande do Norte, novas coletas são necessárias para a confirmação das informações aqui levantadas. Os levantamentos e inventários biológicos são importantes instrumentos para a produção de planos de manejo e conservação de recursos naturais, especialmente para a região do semiárido, ecossistema peculiar e sujeito a diferentes impactos.

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