Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

A PRODUÇÃO DE CONFECÇÃO NO SEMIÁRIDO: UM CASO DE DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO

Palavra-chaves: DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO, PRODUÇÃO DE CONFECÇÕES, SEMIÁRIDO NORDESTINO, HISTÓRIA ORAL DE VIDA Comunicação Oral (CO) AT16 - História, sociedade, natureza, arte e cultura no semiárido brasileiro
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      Introdução \r\n
      A nova abordagem denominada de Desenvolvimento Endógeno considera o desenvolvimento como um processo territorial, e não como um processo funcional, e é baseado metodologicamente em estudos de caso, em oposição às análises setoriais, e considera que as políticas de desenvolvimento são mais eficientes quando definidas por agentes locais, e não mais definidas por agentes administrativos centrais (HOPPERS, 2002; HOUNTONDJI, 2002; VÁZQUEZ BARQUERO, 2007; FERGUÉNE & HSAINI, 1998). O Desenvolvimento endógeno é principalmente baseado em estratégias, instituições, valores e recursos locais. Por conseguinte, as prioridades, necessidades e critérios de desenvolvimento diferem em cada comunidade. Consideramos que a produção de confecções no semiárido nordestino é também um caso típico de Desenvolvimento Endógeno, já que foi uma solução de desenvolvimento encontrada pelos agentes sociais locais. Pretendemos analisar o caso do desenvolvimento da produção de confecções no semiárido através da abordagem do desenvolvimento endógeno e da metodologia da história oral de vida. \r\n
      Objetivos\r\n
      \r\n
      Temos como objetivos desta pesquisa:\r\n
      \tMapear, no semiárido paraibano, a produção domiciliar de confecção como estratégia de renda para garantir a reprodução social (Marx, 1950) da unidade familiar;\r\n
      \tFazer um levantamento do território socioeconômico incorporado pela atividade de produção de confecção como alternativa de renda familiar; \r\n
      \tElaborar um diagnóstico da atividade como estratégia de desenvolvimento endógeno regional. \r\n
      Metodologia\r\n
      De acordo com Bom Meihy (2005), a história oral é um recurso moderno usado na elaboração de documentos referentes à experiência social de pessoas e de grupos. A história oral de vida corresponde à narrativa do conjunto da experiência de vida de uma pessoa. Paul Thompson (2000), sociólogo e historiador social britânico, utiliza esta reflexão como método para sua pesquisa científica - o sujeito social, o colaborador, tem mais liberdade para narrar sua experiência pessoal.\r\n
      Resultados\r\n
      “Quando eu saí do sítio eu tinha uns 6, 7 anos...”\r\n
      “Meus avós, eles viviam no sítio, né? Já faz um tempo que eu moro aqui na rua, mas eles vivia lá sítio Soares, eu também vivi lá né? Assim, eu não lembro muito porque eu sai de lá muito nova, ai eu fui pro Rio, porque meu pai foi trabalhar lá porque aqui era difícil, ai levou eu e meus irmãos. E lá no sítio hoje ninguém quer ir (risos), porque além de ser longe, o caminho é muito ruim pra chegar lá, e quando chega lá, assim, não tem nada, é só a casa veia lá... Assim eu já trabalhei ali na Rutra (loja de roupas da região), isso com 17 anos, fazendo bolsa... Aí eu trabalhei em Toritama (município do estado do Pernambuco - um dos mais importantes polos comerciais de moda do agreste pernambucano), fazendo roupa, eu saí de casa e fui morar lá com algumas amigas, isso com 18 anos, aí fui morar lá, trabalhei um tempo lá costurando, e depois quando eu vim pra cá, eu me casei e comecei a trabalhar lá na rua, lá em Leila (outra colaboradora que trabalha na produção de confecção no município de Queimadas), aí trabalhei uns quatro anos lá com ela, aí depois que eu saí de lá, eu fiquei em casa trabalhando pra mim.\r\n
      (Lídia Pereira Rodrigues, Queimadas, PB, 2017).\r\n
       \r\n
      Figura - Localização geográfica do município de Queimadas – PB. Fonte: Rodriguez (2002, modificado por Tavares, 2017). \r\n
      \r\n
      Considerações finais\r\n
      A instituição e desenvolvimento desta produção regional de confecções foram processos relacionais associados às práticas socioeconômicas emblemáticas no semiárido – as feiras livres; ao trabalho familiar na unidade produtiva domiciliar, como práticas reprodutivas da cultura agropastoril transplantada para a confecção e; do costume da migração como estratégia para garantir a reprodução social (Marx, 1950).
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

Introdução A nova abordagem denominada de Desenvolvimento Endógeno considera o desenvolvimento como um processo territorial, e não como um processo funcional, e é baseado metodologicamente em estudos de caso, em oposição às análises setoriais, e considera que as políticas de desenvolvimento são mais eficientes quando definidas por agentes locais, e não mais definidas por agentes administrativos centrais (HOPPERS, 2002; HOUNTONDJI, 2002; VÁZQUEZ BARQUERO, 2007; FERGUÉNE & HSAINI, 1998). O Desenvolvimento endógeno é principalmente baseado em estratégias, instituições, valores e recursos locais. Por conseguinte, as prioridades, necessidades e critérios de desenvolvimento diferem em cada comunidade. Consideramos que a produção de confecções no semiárido nordestino é também um caso típico de Desenvolvimento Endógeno, já que foi uma solução de desenvolvimento encontrada pelos agentes sociais locais. Pretendemos analisar o caso do desenvolvimento da produção de confecções no semiárido através da abordagem do desenvolvimento endógeno e da metodologia da história oral de vida. Objetivos Temos como objetivos desta pesquisa: • Mapear, no semiárido paraibano, a produção domiciliar de confecção como estratégia de renda para garantir a reprodução social (Marx, 1950) da unidade familiar; • Fazer um levantamento do território socioeconômico incorporado pela atividade de produção de confecção como alternativa de renda familiar; • Elaborar um diagnóstico da atividade como estratégia de desenvolvimento endógeno regional. Metodologia De acordo com Bom Meihy (2005), a história oral é um recurso moderno usado na elaboração de documentos referentes à experiência social de pessoas e de grupos. A história oral de vida corresponde à narrativa do conjunto da experiência de vida de uma pessoa. Paul Thompson (2000), sociólogo e historiador social britânico, utiliza esta reflexão como método para sua pesquisa científica - o sujeito social, o colaborador, tem mais liberdade para narrar sua experiência pessoal. Resultados “Quando eu saí do sítio eu tinha uns 6, 7 anos...” “Meus avós, eles viviam no sítio, né? Já faz um tempo que eu moro aqui na rua, mas eles vivia lá sítio Soares, eu também vivi lá né? Assim, eu não lembro muito porque eu sai de lá muito nova, ai eu fui pro Rio, porque meu pai foi trabalhar lá porque aqui era difícil, ai levou eu e meus irmãos. E lá no sítio hoje ninguém quer ir (risos), porque além de ser longe, o caminho é muito ruim pra chegar lá, e quando chega lá, assim, não tem nada, é só a casa veia lá... Assim eu já trabalhei ali na Rutra (loja de roupas da região), isso com 17 anos, fazendo bolsa... Aí eu trabalhei em Toritama (município do estado do Pernambuco - um dos mais importantes polos comerciais de moda do agreste pernambucano), fazendo roupa, eu saí de casa e fui morar lá com algumas amigas, isso com 18 anos, aí fui morar lá, trabalhei um tempo lá costurando, e depois quando eu vim pra cá, eu me casei e comecei a trabalhar lá na rua, lá em Leila (outra colaboradora que trabalha na produção de confecção no município de Queimadas), aí trabalhei uns quatro anos lá com ela, aí depois que eu saí de lá, eu fiquei em casa trabalhando pra mim. (Lídia Pereira Rodrigues, Queimadas, PB, 2017). Figura - Localização geográfica do município de Queimadas – PB. Fonte: Rodriguez (2002, modificado por Tavares, 2017). Considerações finais A instituição e desenvolvimento desta produção regional de confecções foram processos relacionais associados às práticas socioeconômicas emblemáticas no semiárido – as feiras livres; ao trabalho familiar na unidade produtiva domiciliar, como práticas reprodutivas da cultura agropastoril transplantada para a confecção e; do costume da migração como estratégia para garantir a reprodução social (Marx, 1950).

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