A palma forrageira apresenta-se como uma alternativa para as regiões áridas e semiáridas do Nordeste brasileiro, visto que é uma planta de aspecto fisiológico especial quanto à absorção, aproveitamento e perda de água, e bem adaptada às condições adversas do semi árido, nos prolongados períodos de estiagem. Inexoravelmente, a exploração racional da palma forrageira insere-se nesse propósito. A variedade Orelha de Elefante Mexicana Opuntia stricta apresenta-se como promissora tanto em termo de produção por área como resistência a cochonilha do carmim. Introduzida de forma mais recente no espaço semiárido não são conhecidas para O. stricta pesquisas sobre efeito do corte em raquetes de diversas ordens na planta matriz. Esta pesquisa teve como objetivos obter mais informações sobre manejo de O. stricta e sua resposta a intensidade de corte; verificar o efeito do corte e a ordem da raquete na produção de novas raquetes de palma; estratificar por ordem de brotação quais as raquetes mais promissoras em resposta de número e vigor de brotações. O experimento foi instalado no mês de maio de 2017 na sede antiga da Fazenda Caridade, zona rural do município de Campina Grande. De uma população de plantas matrizes de palma Orelha de Elefante Mexicana foram escolhidas ao acaso vinte e cinco (25) exemplares para que fossem evidenciados os quatro (4) tratamentos: matriz, primária, secundária, terciária. Os resultados alcançados da biometria e da produção de matrizes foram os valores de comprimento médio de brotações que apresentaram o maior valor de 22 cm para a planta com corte secundário com brotação quaternária. As brotações secundárias da planta com corte na matriz apresentou o menor valor de 3,0cm. Na variável largura média das brotações, nota-se que a planta com corte secundário, apresentou os mesmos valores médios nas brotações secundárias e quaternárias de 18cm, os dados obtidos foram tabulados e submetidos a análise de médias, desvios padrões e coeficientes de variação através do Microsoft Excel 2010 permitindo a elaboração de tabelas para subsidiar a discussão. O menor valor observado foi o de 3cm nas brotações secundárias da matriz. As maiores médias de peso para as brotações quaternárias das plantas com corte terciário e secundário, sendo seus valores, respectivamente, 251,33 e 231,4g. A menor média foi a planta de brotação secundária com corte na matriz, de 1,8g. Os resultados apresentados em relação a arquitetura da planta (altura e largura), brotações por plantas, biometria de brotações, largura de raquetes de brotações, área das raquetes de brotações, perímetro das raquetes de brotações e peso das raquetes de brotações, mostram que as plantas terciárias e secundárias apresentaram os maiores valores medianos da palma Orelha de Elefante Mexicana. As plantas de corte na matriz e na primária mostraram valores menos se comparados com as secundárias e terciárias. Sendo constatado que as brotações tem seu peso correlacionados com a sua ordem do seu corte e da sua posição na planta (matriz, primária, secundária, terciária).