Artigo Anais CONADIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-186X

AVALIAÇÃO DA CLARIFICAÇÃO DE ÁGUAS DE CISTERNAS DO MUNICÍPIO DE SUMÉ-PB USANDO A MORINGA OLEÍFERA COMO COAGULANTE

Palavra-chaves: TURBIDEZ, PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL, COAGULANTE NATURAL Pôster (PO) AT 07 - Qualidade e acesso às águas do Semiárido
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Publicado em 07 de dezembro de 2018

Resumo

Com o aumento da população mundial, a demanda pela água se tornou cada vez maior, bem como a preocupação quanto à disponibilidade desse recurso e em que condições ela chega até a população. Em algumas regiões, como no semiárido brasileiro, para minimizar o problema da falta d’água, são utilizadas cisternas, tanques de armazenamento das águas de chuvas e carros-pipa. As águas oriundas desses reservatórios, muitas vezes, apresentam-se com grande quantidade de sólidos em suspensão, o que as tornam águas de aspecto sujo e impróprias para o consumo, e uma das alternativas que vem sendo estudadas para a diminuir a quantidade de sólido suspenso nessas águas é a aplicação de coagulantes naturais, como a Moringa Oleifera (FRANCO, 2015; BRANDÃO, 2011; MARTINS, 2014). Com isso, o objetivo do presente trabalho é comparar diferentes formas de aplicação da semente da Moringa Oleifera na clarificação da água oriunda das cisternas, no município de Sumé, Paraíba, Brasil, proporcionando o uso adequado de um coagulante natural por todos os usuários deste tipo de reservatório. Objetiva-se também identificar o melhor tempo de contato entre a moringa e a água e a quantidade ideal de coagulante para a clarificação de água com turbidez. Os testes foram conduzidos em garrafas PET, sendo utilizados como coagulante as sementes descascadas e trituradas em moinho de facas e uma solução preparada na proporção de 20 gramas (g) de sementes para 1 litro (L) de água destilada. Aplicou-se o planejamento experimental de dois fatores e três repetições no ponto central para verificar a influência das variáveis de entrada tempo de tratamento (30, 60 e 90 min), massa de semente (0,1; 0,3 e 0,5 g) ou volume de solução de semente (10, 20 e 30 mL), sobre a turbidez, o pH e a condutividade elétrica das amostras. Para realização dos ensaios utilizou-se 1,0 L de amostra de água, coletada em uma cisterna situada na zona rural do município de Sumé-PB. Ao término do processamento alíquotas da água, antes e após os tratamentos, foram coletadas para realização das determinações físico químicas utilizando-se um turbidímetro (MS TECNOPON), um pHmetro (QUIMIS) e um condutivímetro (MS TECNOPON). Com relação ao pH e a condutividade, observa-se que houve uma leve alteração destes parâmetros, para todas as condições aplicadas, comparando-se com os valores obtidos para amostra da água bruta. Os resultados obtidos para turbidez permitiram verificar uma redução de até 42% quando se aplicou o pó, para um tempo de 30 minutos e massa de 0,5 g, e de aproximadamente 55% em 90 minutos, quando foram utilizados 10 mL de solução. Keogh et al (2017) alcançaram 85% de redução da turbidez, utilizando o pó, para um tempo de 24 horas. Paula et al (2014) acreditam que um tempo de tratamento mais longo se faz necessário para que ocorra a liberação das proteínas ativas responsáveis pelo efeito coagulante. A partir da análise de variância, verificou-se que, para a forma líquida do coagulante, o tempo é estatisticamente significativo quando a resposta é a turbidez., para um nível de confiança de 95%. Com isso, é possível afirmar que, para as condições estudadas, a aplicação da solução obtida a partir das sementes de moringa proporcionou melhores resultados na redução da turbidez das amostras de água de cisterna, alcançando-se 55% de redução deste parâmetro sendo observada a tendência de que um maior tempo de tratamento pode gerar resultados melhores.

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