Introdução: Desde a antiguidade, as plantas eram utilizadas para a inibição ou para o tratamento das enfermidades. Ao longo do tempo, essa cultura foi sendo aprimorada e os vegetais cada vez mais estudados para a descoberta do porquê desses vegetais possuírem tais atividades. Sabe-se que as propriedades farmacológicas atribuídas às plantas, dentre elas, a atividade antioxidante, são devido à presença de diversos compostos bioativos (AZEVEDO, 2015). A Schinopsis brasiliensis, conhecida popularmente por braúna, é uma planta da família Anacardiaceae e tem características da caatinga. Na medicina popular o caule, casca do caule, folhas, frutos e a resina da Braúna são usados no tratamento fraturas, inflamações em geral, impotência sexual, inflamação na garganta, tosse, gripe e diarréia (ALBUQUERQUE et al. 2007; CHAVES et al., 2011). Objetivo: Determinar a composição de compostos fenólicos e avaliar a atividade antioxidante da Schinopsis brasiliensis. Metodologia: Foi realizado uma extração por maceração das folhas de S. brasiliensis tendo como solvente extrator o metanol. A avaliação da atividade antioxidante foi realizada segundo metodologia descrita por Mensor et al (2001). A partir de 0,0025 g do extrato vegetal em 25 mL de etanol foi preparada as soluções para a leitura, que para cada concentração analisada foi retirado uma alíquota de 2,5 mL (em triplicata) e posteriormente a adição de 1,0 mL da solução etanólica de DPPH a 0,3 mM. Para o preparo do branco (em triplicta – para cada concentração), foi adicionado em cada vidro âmbar 2,5 mL da solução teste e 1,0 mL de ETOH 99%. O negativo foi realizado em triplicata e em cada vidro âmbar foi adicionado uma alíquota de 2,5 mL de ETOH 99 % e 1,0 mL da solução etanólica de DPPH. A determinação e quantificação dos compostos fenólicos foi realizada utilizando-se da técnica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. O equipamento utilizado foi um HPLC Shimadzu. Resultados: Na análise cromatográfica, a amostra analisada apresentou diversos compostos fenólicos. Dentre eles, o catecol (3,92mg/L), o ácido clorogênico (1,18mg/L), o ácido cafeico (2,54mg/L), a vanilina (0,78mg/L), o ácido cumárico (0,59mg/L), a cumarina (0,49mg/L), o ácido salicílico (2,52mg/L), a rutina (14,88mg/L), a quercetina (1,55mg/L) e o kaempferol (1,38mg/L). Um estudo realizado por Santos et al (2016) com a mesma espécie através de testes fitoquímicos, encontrou taninos hidrolisáveis e flavonoides. Na avaliação da atividade antioxidante pelo método DPPH, a espécie analisada apresentou um percentual de 99% em uma concentração de 180µg/mL e através da determinação da equação da reta e do R2, o CE50 foi quantificado em 22,02µg/mL. Esse resultado foi superior ao encontrado por Moreira (2009) que avaliou a mesma espécie e obteve um percentual de atividade antioxidante de 93% na concentração de 200µg/mL-1. Considerações finais: Diante dos resultados encontrados é possível afirmar que a espécie apresenta potencial antioxidante, atividade que pode ser relacionada a presença de compostos fenólicos identificados e quantificados. Acredita-se que a mesma pode apresentar potencial para o combate a várias enfermidades relacionadas aos radicais livres.