A integração do Rio São Francisco está projetada para oferecer água, em 2025, a cerca de 12 milhões de habitantes da região semiárida dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Deverá gerar emprego e produtividade, além da melhoria na qualidade de vida das populações assistidas. O projeto é controverso quanto às reais repercussões socioambientais idealizadas na proposição. Esta pesquisa busca analisar as previsões de impactos registradas no EIA/RIMA do Projeto de Transposição e confirmar junto à comunidade a efetivação ou não das medidas apontadas como mitigadoras das “perdas” do capital de recursos naturais e humanos pelo empreendimento. Foram realizados estudos, análises de conteúdo e diálogos junto às pessoas envolvidas no projeto no interior da Paraíba. Problemas como desapropriação de terras; alterações das comunidades biológicas; perdas de hábitats da fauna da região pelo desmatamento, desconfiguração do cenário vegetal da área constituem os impactos negativos e as medidas mitigadoras foram parcialmente atendidas, enquanto projetos em execução. Configura-se um cenário desafiador aos gestores e à comunidade que alimentam as expectativas de alcançarem um desenvolvimento sustentável para a região a partir de tal empreendimento.