Este artigo trata das relações do homem com um bioma muito especial, a Caatinga, vegetação exclusiva do Semiárido brasileiro e tida por muitos como uma vegetação sem vida, em uma área deserta (por apresentar as mais altas temperaturas do país e as plantas adaptadas a este clima, desfazendo-se das folhas no período de estiagem - mata branca). Buscamos analisar estas percepções e verificar como é estudado o bioma que foi rotulado por décadas como pobre, visto como fragmento de outros Biomas como Mata Atlântica, cerrado etc. Para desfazer tais percepções tomamos por base estudos feitos a partir da biodiversidade do Semiárido que é vasta e com altos percentuais de endemismo, considerando a fauna e a flora da região, hoje, comprovadamente rico e cheio de vida a qual se destaca pela sua alta capacidade de adaptação ao clima da região. Quanto à conservação e preservação da Caatinga, faz se necessário ainda à criação de mais unidades de conservação em todas as instâncias (seja ela federal, estadual ou municipal), pois apenas 3,56% de todo o Bioma é protegido por lei, levando em consideração a participação do homem do local no seu planejamento e manejo, já que ele é um agente social que influência e é influenciado pela estrutura socioambiental da região semiárida, e o principal agente de conservação e esperança destas áreas frágeis. A cada dia que se passa a caatinga se afirma como uma vegetação com grande biodiversidade e, ainda reserva muitas surpresas aos que buscam conhecê-la, através de suas pesquisas e aprendem a respeitá-la ainda mais, ajudando deste modo à quebra de visões distorcidas da atual sociedade que remete apenas pobreza econômica e cultural sobre a região Nordeste (Tal generalização da Caatinga como ocorrida apensa no Nordeste pela sua abrangência em todos os estados da região em a maior ou menor parte).