A Caatinga é caracterizada como uma região semiárida, apresentando plantas adaptadas fisiologicamente às condições de deficiência hídrica e temperaturas elevadas. Dentre as espécies de importância ecológica, medicinal e madeireira deste bioma, têm-se Aspidosperma pyrifolium Mart., conhecida como pereiro, que compõem a vegetação média e aberta típica da Caatinga. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a qualidade fisiológica de sementes de A. pyrifolium submetidas aos estresses térmico e hídrico; bem como identificar adaptações fisiológicas do comportamento germinativo. As sementes de pereiro foram submetidas às temperaturas de 20, 25, 30 e 35ºC para análise do estresse térmico, e ao solo com 10, 20, 30, 40, 50 e 60% de capacidade de retenção para avaliação do estresse hídrico. Ao final de 21 dias, foram analisadas as seguintes variáveis: porcentagem de germinação, primeira contagem de germinação e índice de velocidade de germinação. Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente, foi realizada análise de regressão polinomial, em função das diferentes temperaturas e das capacidades de retenção. As sementes de A. pyrifolium apresentam maiores resultados de germinação e vigor nas temperaturas entre 31 e 35ºC e no solo entre 30 e 40% de capacidade de retenção, indicando a tolerância da espécie às altas temperaturas e à escassez hídrica. A. pyrifolium apresenta adaptações fisiológicas às altas temperaturas e ao estresse hídrico em relação ao comportamento germinativo de suas sementes, facilitando sua sobrevivência e reprodução no semiárido.