No período que compreende o século VIII d.C o continente europeu vivenciou um período de grande expansão dos povos nórdicos que viviam na região conhecida como Escandinávia que hoje engloba os países da Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia. Esses povos eram conhecidos pelas suas diversas habilidades no comercio, atividade agrícola, navegação, sua notável força e também o desejo incessável de expandir seus domínios por todo o mundo. Dentro desta sociedade que há muito povoou o norte europeu podemos destacar os Vikings, grupo afamado por seus notórios saques e sua pirataria, que se consolidou como uma nova atividade econômica. Já na esfera religiosa os Vikings portavam uma rica mitologia que compreendia grandes deuses celebrados em eventos grupais. Entre eles podemos destacar Odin, considerado “o deus dos deuses”, Thor o deus dos trovões e Loki, deus do fogo, símbolo este que representa a maldade. Mas a partir das grandes navegações os Vikings passam a entrar em contato com o cristianismo que na época estava disseminando-se por toda a Europa. A partir deste encontro os Vikings paulatinamente converteram-se ao cristianismo e passam por uma desagregação de seus costumes. Por conta das várias disputas contra ingleses e outros nobres da Normandia, a civilização sucumbi, mas não deixa de se manifestar em parte da cultura europeia. Conhecendo o contexto histórico pretendemos analisar a presença de aspectos da cristianização na série Vikings e na literatura relacionada a obra inglesa Beowulf. Temos como objetivo principal investigar a presença da temática em questão e analisa-la em obras de cunho literário e, especificadamente, distinguir na obra elementos pagãos e cristãos em Beowulf e analisar as 2 primeiras temporadas da série Vikings, acompanhando todo o processo de cristianização.