O ensino profissionalizante dentro do contexto Cearense encontra-se inserido dentro dos eixos de políticas educacionais que colocam a educação dentro da intenção de formação integral que tem como eixo o aperfeiçoamento técnico, científico, artístico e cultural e dentro do desenvolvimento interiorano. Tal proposição é percebida a partir da implementação e da expansão das EEEPs que dentro dos planos de governo colocam essa como intencional e estratégica no que tange o desenvolvimento e a expansão do ensino por todo o estado e nas regiões em vulnerabilidade social. Partimos da reflexão que são os/as agentes que vivenciam o cotidiano das EEEPs que passam a ressignificar tais intenções que colocam a educação e trabalho como categorias cada vez mais próximas. Nesse artigo buscamos refletir a partir da percepção de 34 discentes, como esses/essas refletem sobre o ensino profissionalizante e a formação integral a partir de suas motivações e impressões. A pesquisa tem caráter quantitativo e qualitativo mediante questionários semiestruturados e roda de conversa realizada em uma EEEP no Interior do Ceará. Como resultado refletimos que os/as estudantes têm compreensão do ensino profissionalizante em preparar-lhes para o mercado de trabalho e que a intenção de tal modalidade se baliza sobre tais intenções. Para alguns/as desses/as a formação integral norteia-se para a formação não somente no eixo trabalho, mas dentro de parâmetros sociais com disciplinas específicas. Nesse sentido, esse estudo versa refletir sobre os desafios do ensino profissionalizante ancorados nos debates acerca da formação humana e dos princípios neoliberais que colocam essa como produtiva.