Pretende-se com o desenvolvimento desse trabalho, trazer elementos que afirmem o caráter concentrador e excludente das políticas públicas implantadas pelo Estado no Semiárido cearense. Essas políticas não foram implantadas de acordo com as necessidades regionais e as populações que mais necessitam não foram beneficiadas, mas apenas os grandes empresários. Não se tem a intenção aqui de dar cabo ao fenômeno da seca, mas sim de contribuir para o estudo e aplicação de técnicas e modos de conviver com tais fenômenos, seja por meio do Estado, das ONGs ou mesmo pelo conjunto populacional que vivenciam essa conjuntura. . Procurou-se tomar a conjuntura vigente não como uma realidade dada e acabada, mas sim como uma construção socioespacial histórica onde as consequências trazidas pelas secas, para a região, são historicamente tratadas pelo poder público com medidas assistencialistas. Com a difusão do conceito convivência com o Semiárido e a consciência de que não é possível acabar de vez com a seca no Nordeste, espera-se que o Estado implante tecnologias sociais de convivência com o Semiárido que transcenda os benefícios concentrados das grandes obras.