Artigo Anais I WIASB

ANAIS de Evento

ISSN: 2319-0248

A ÁGUA QUE VOCÊ DESPERDIÇA É A MESMA QUE MATA A SEDE: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE PATOS, PB

Palavra-chaves: ÁGUA, CONSUMO, DESPERDÍCIO, SEDE, SEDE Pôster (PO) Semi-aridez da região: causas e consequências
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Publicado em 10 de dezembro de 2013

Resumo

A água é um recurso renovável pelo seu ciclo hídrico da evaporação-precipitação, mas as ações antrópicas prejudicaram de forma “incorrigível” a renovação natural da água. Em algumas regiões do mundo, a água está sendo consumida em ritmo mais acelerado do que ela pode ser renovada. Calcula-se que aproximadamente 50% dos rios do mundo estejam poluídos pela ação humana e industrial, em alguns casos a poluição é danosa e irreversível, pois a água quando poluída passa pelo processo de eutrofização. A Terra é constituída por 97,5% de água salgada e apenas 2,5 % de água doce, mas para consumo humano é disponibilizada apenas 0,36 % desse recurso. A disponibilidade elevada da água no Planeta estimulou uma política de desperdício em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. O país apresenta, assim como em todo o mundo, uma variabilidade na distribuição de recursos hídricos e tem cerca de 12% da água má distribuída. A região Norte tem 68% e contraditoriamente, a maior quantidade está na região menos populosa. O Centro Oeste tem 16%, a região Sul 7%, Sudeste 6% e a região Nordeste que é a mais populosa têm apenas 3% desse recurso. Além de apresenta a menor disponibilidade de água, essa região também sofre com a seca quase sempre constante. O município de Patos, localizado no Sertão da Paraíba, é uma das muitas cidades que sofrem com os efeitos da seca, além de apresentar um clima semiárido, o aumento descontrolado da população, proporciona o desperdício de água. Frente a esse fato, houve a necessidade de investigar os níveis dos açudes e o consumo do município. Foram escolhidos os dados dos mananciais hídricos Coremas e Mãe d’Água, disponibilizados em reportagens em sites de jornais locais da cidade e confirmados pela AESA, com período de observação entre os mês de Junho até 09 de Outubro de 2013, sendo determinados os cálculos estatísticos. Os principais resultados mostram que: A cidade não apresenta uma política de conscientização da população e de reutilização do recurso, a água que é utilizada para satisfazer as necessidades pessoais é jogada diretamente em esgotos sanitário, e não passar pelo processo de tratamento para reuso. Os açudes que abastecem o município, no dia 30 de Julho de 2013, estavam com a capacidade de 531.045 milhões de metros cúbicos de água e até o dia 9 de Outubro de 2013 estava com sua capacidade de 456.655 milhões. Foi perdido em evaporação e consumo nesse período, o equivalente a 74.390 milhões de metros cúbicos de água. Esses dados são a prova de que o consumo e o desperdício, em função do crescimento populacional nesse município estão crescendo a cada mês, sendo necessária uma modificação, urgente, para melhorar a economia desse recurso.

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