O sucesso frente ao desafio da gestação depende do estado emocional da mulher, o que está diretamente relacionado à qualidade da autoestima e seu nível de confiança. A autoestima para a mulher gestante se apresenta como um fator importante no estabelecimento do autocuidado, resultando, por consequência, em uma série de benefícios à mãe e ao concepto. Dessa forma, se percebe a necessidade de abordagens e ações que envolvam questões afetivas e psicossociais durante os encontros entre o profissional de saúde e a gestante, realizadas nas consultas do pré-natal, em grupos direcionados à educação em saúde, ou mesmo, na visita domiciliar. O interesse nessa temática surgiu ao perceber que as gestantes não verbalizavam seus sentimentos e medos com relação ao fato de estar grávida. Com isso, surgiram questionamentos sobre os sentimentos ambivalentes causados pela gestação. O estudo objetivou Analisar a produção científica brasileira de enfermagem referente aos efeitos da gravidez na dinâmica social das gestantes nos últimos quinze anos. Realizou-se um estudo bibliográfico, utilizando, as bases de dados LILACS e SciELO, com seleção de vinte e dois estudos, sendo vinte artigos e duas dissertações de mestrado. Consideramos insuficiente a literatura encontrada nas bases de dados no que se refere à operacionalização da pratica dos enfermeiros a esses pacientes com vistas à melhoria na qualidade da assistência. A pesquisa evidenciou o destaque do papel exercido pelo enfermeiro nas consultas de pré-natal, nos atendimentos individuais ou em grupos onde são abordadas questões referentes à importância do acompanhamento sistemático no pré-natal e a realização de todos os exames. Além disso, é importante que seja incentivado a formação de grupos para construção de uma rede de relações em que promova o acolhimento, o esclarecimento de dúvidas e o apoio em questões afetivas e sociais advindas com a gestação.