Este artigo objetiva verificar a aplicabilidade dos gêneros textuais orais e refletir sobre seus usos, tendo em vista, a restrição destes nas aulas de Língua Portuguesa. Pretende-se que durante as aulas de língua materna não priorizem apenas os gêneros escritos, como se fossem os únicos importantes, mas que se tenha um olhar diferenciado para os orais, considerando-se que as atividades didáticas dentro dessa perspectiva, quando efetivadas na sala de aula de maneira sistemática e consciente por parte do docente e, consequentemente, dos discentes certamente promoverão a ampliação das capacidades de expressão oral destes. A prática da oralidade contribui significativamente para um ensino que atenda as peculiaridades da língua. Para isso, algumas etapas se fizeram importantes: I. Entrevista com cinco professores acerca de sua visão acerca dos gêneros orais. II. Listagem dos gêneros orais mais trabalhados em sala de aula. O presente artigo é resultado de uma pesquisa de observação em que a pretensão consiste em dar ênfase aos gêneros orais durante as aulas de Língua Portuguesa, visto que, muitas vezes não há um olhar voltado ao uso desses gêneros no âmbito escolar, ocorrendo em sua maioria um distanciamento com relação a essa prática. Dessa. Percebe-se, dessa forma, que uma proposta de ensino que atenda as perspectivas ancoradas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (1997) e na BNCC (Base Nacional Comum Curricular) (2016) ainda está um pouco distante da realidade escolar de muitos profissionais.