As doenças parasitárias abordam questões sociais e econômicas, necessitando de atenções voltadas principalmente para a prevenção e conscientização pela educação. As comunidades quilombolas estão entre as populações mais afetadas nos aspectos saúde e educação, justificando os consideráveis índices de contaminação parasitária, pelo não privilégio destes aspectos pelo sistema econômico do país. O teatro-educação é uma importante ferramenta para a mudança deste quadro, pois além de lúdico, propicia o processo de reflexão sobre as cenas e encontro do “eu” e do outro, tornando possíveis as mudanças necessárias à promoção da vida. A partir disso, este trabalho tem como objetivo discutir sobre o uso do teatro-educativo como um caminho de possibilidades na prevenção de doenças parasitárias e promoção à saúde, nas visitas à escola municipal da comunidade Quilombola Onze Negras, situada na Cidade de Cabo de Santo Agostinho-PE. A pesquisa foi realizada junto aos escolares da comunidade, utilizando pesquisas qualitativas, descritivas, práticas e bibliográficas por um grupo de discentes e uma Tutora da Universidade Federal de Pernambuco, com encenações teatrais abordando doenças parasitárias. Durante todas as encenações os escolares se mostraram atentos e ao serem questionados foram capazes de responder corretamente as perguntas lançadas. Os graduandos também obtiveram ganhos, quando na prática da tríade educacional, garantiram mais conhecimentos e qualidade nas atividades propostas. A abordagem teatral continuada dessas doenças tem despertado interesse por mais conhecimento entre os escolares, isso tem nos impulsionado a perseverar com este tipo de trabalho, o qual tem contribuído com a melhoria da saúde da população assistida.