No cenário capitalista e pós-moderno, a educação com suas nuances traz significativas discussões diante de fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, havendo envergaduras nas relações de formação e atuação nos espaços da constituição dos professores. Este paradigma educacional pode ser verificado na medida em que a profissão docente vem sendo desvalorizada profissional, cultural e economicamente. Em especial no contexto de atuação dos profissionais da Educação Infantil, há representações de que as professoras sejam as responsáveis pelas atividades lúdicas do educar, o que envolve também os cuidados básicos da higiene e manutenção de condições de saúde e bem-estar das crianças. A presente pesquisa é um recorte de estudos em andamento sobre o estudo das relações de gênero e a atuação docente na Educação Infantil, que elucida a atuação do profissional do gênero feminino tornar-se-á única representação e atuação reconhecida na instituição de Educação Infantil, em detrimento da presença de profissionais da educação do gênero masculino. Utilizou-se no desenvolvimento desta pesquisa um levantamento bibliográfico em obras e artigos especializados na área da Educação, sendo que, quanto à natureza esta se determina como qualitativa. As pesquisas selecionadas analisavam os motivos que levam à dicotomia de gênero em relação às práticas educativas do pedagogo no ambiente escolar da Educação Infantil. Nesse sentido, os resultados evidenciam que o universo escolar da Educação Infantil está direcionado e atribuído às profissionais de gênero feminino, visto que, teoricamente elas sejam as únicas capazes de cuidar e desenvolver atividades propostas que estejam voltadas ao público infantil, logo o profissional do gênero masculino acaba por ser estigmatizado e desestimulado no que concerne às atividades de formação e de atuação na Educação Infantil. De forma geral, constatamos que há necessidade de organização de ações formativas para com os educadores e de políticas públicas que direcionem ações pautadas na igualdade de gênero e na desmistificação do cuidado e educação da criança ao universo feminino, e que se valorize a participação efetiva do professor-pedagogo-masculino nos campos para e pela Educação Infantil.