Considera-se fundamental que o ensino escolar possa estabelecer uma relação entre o que se aprende na escola e o que se vive no cotidiano. Dessa forma, o ensino de biologia pode contribuir, significativamente, para antecipar reflexões sobre tendências que afetam a saúde e o comportamento das pessoas. São frequentes perguntas relacionadas à saúde, na tentativa de conhecer a complexidade do corpo humano numa perspectiva científica, tais como o que fazer para manter um corpo saudável? Quais as diferenças entre alimentos in natura e os industrializados? Partindo da ideia que é possível articular o ensino escolar às necessidades cotidianas com vista aos cuidados com a vida é que desenvolvemos esta pesquisa com objetivo de procurar conhecer como um grupo de alunos do ensino médio, a partir do saber escolar, estabelecem relações entre alimentação saudável, nutrição e saúde com a perspectiva de uma vida saudável, aqui entendida como aquela que se vive livre de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que depende de uma escolha e de hábitos alimentares cuidadosos. Como procedimento metodológico a pesquisa utilizou-se das abordagens quantitativa e qualitativa, com a utilização de análise de dados descritivos, por meio da observação e aplicação de questionários. Os resultados apontam para a ideia de que o conhecimento aprendido na escola não influencia no hábito alimentar dos alunos. Por isso, podemos dizer que entre o grupo pesquisado há uma quantidade significativa de conhecimento conceitual sobre alimentação, nutrição e saúde, porém esses saberes não são mediadores das escolhas e dos hábitos alimentares dos jovens pesquisados.