Atualmente no Brasil, com a oficialização da Língua Brasileira de Sinais, os surdos conseguem se comunicar entre si, com ouvintes que dominam a língua e com ouvintes através do auxílio de intérpretes de Libras. A Lei de Libras garantiu ao surdo o direito a atendimento especializado em instituições públicas como escolas regulares e unidades de saúde. Este trabalho tem como objetivo investigar como ocorre o processo de inclusão de alunos surdos nas aulas de química, destacando as principais dificuldades encontradas pelos alunos, professores e intérpretes. Foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, e como instrumento de coleta de dados, foram realizadas observações de aulas e posteriormente aplicado questionários às alunas surdas e à intérprete e uma entrevista ao professor da disciplina. A partir da análise das informações obtidas constatou-se que, por falta de preparo de alguns professores, o ensino de química para alunos surdos não está ocorrendo de forma satisfatória. Geralmente a educação desses indivíduos é direcionada ao intérprete que por não dominar os conteúdos da disciplina e pela falta de terminologias de química nos dicionários de Libras, fica impossibilitado de fazer a tradução do conteúdo. Diante da problemática, percebe-se a necessidade da elaboração de novos materiais didáticos, e da capacitação de professores e intérpretes, para que ambos possam conhecer e desenvolver estratégias para melhorar o aprendizado dos alunos surdos nas aulas de química.