Este artigo apresenta as histórias de vidas dos sujeitos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), a partir dos relatos biográficos, como elemento possível de compor o currículo escolar. Objetivou-se, com este trabalho, reconhecer a história de vida enquanto instrumento capaz de auxiliar no ensino-aprendizagem para os educandos desta modalidade de ensino. As inquietações da pesquisa surgiram a partir das experiências pessoais com grupos de jovens em ambientes eclesiais, bem como das vivências formativas nas disciplinas de Estágio Supervisionado de Formação de Professores I e III, na modalidade da EJA, na Escola Municipal Professor Zuza, localizada no bairro Nazaré – Natal/RN. A fundamentação da pesquisa pauta-se em diversos autores, os quais reconhecem as histórias de vida como recurso metodológico, bem como teóricos que discutem os elementos encontrados nos relatos e as considerações para o currículo. Por meio das entrevistas narrativas, procurei valorizas as experiências de vida dos jovens educandos e valorizá-las a partir da integração no currículo escolar. Compreendi, por conseguinte, que a ambiência educativa desde a sua estrutura curricular até a prática docente, ainda não reconhecem a relevância de aproximar as histórias de vidas com as ações educativas desenvolvidas na escola, ficando ainda restrita ao repasse de informações, sem a presença direta e efetiva das histórias de vida dos seus sujeitos.