O presente artigo tem por objetivo analisar o fracasso educacional que tem penalizado um grande número de estudantes desde a universalização/massificação da educação escolarizada. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica em autores que discutem essa temática, tais como: Luís (2007); Bourdieu (2006; 2007; 2008; 2009); Esteban (2001), entre outros, buscando compreender esse fenômeno para além do âmbito institucional escolar. Diante do exposto, é possível considerar que o insucesso do aluno dentro da escola está atrelado, dentre outros fatores, a maneira como a ação pedagógica está estruturada para o atendimento das diversas camadas sociais, cuja proposta educativa tem privilegiado a cultura da classe dominante, desconsiderando a origem social dos discentes oriundos do estrato popular e, com isso, a escola dissimula as desigualdades sociais existentes, legitima privilégios e justifica o fracasso educacional como uma falta de talento por meio de uma igualdade formal, sem que os agentes percebam estes mecanismos de legitimação e reprodução da estrutura social.