Esta comunicação tem como objetivo apresentar os primeiros resultados de um projeto de doutorado sobre as tensões entre Representações Sociais (RS) da adoção homoparental, formação acadêmica e práticas profissionais de psicólogos. De metodologia qualitativa, o desenho da pesquisa analisa as divergências e similitudes entre as RS sobre a adoção homoparental de três grupos distintos : a) Estudantes no início da graduação em psicologia ; b) Estagiários de psicologia jurídica e c) Psicólogos jurídicos em exercício profissional. Visa-se assim compreender as repercussões das variações das RS destes três grupos sobre as práticas profissionais dos psicólogos. Entendendo que as RS têm como uma de suas funções principais a orientação para as práticas, busca-se compreender em que medida a formação dos estudantes de graduação em psicologia da UFPE ira impactar suas futuras práticas com famílias homoparentais em processo de adoção nas Varas da infância do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Partindo do pressuposto teórico de que espaços educacionais favorecem o tensionamento das representações do senso comum, espera-se que o debate acadêmico na graduação em psicologia da UFPE impacte as representações pautadas em preconceitos e estereótipos de gênero e de sexualidade de maneira a proporcionar aos futuros profissionais de psicologia uma formação ética e politica que inclua o respeito à diversidade sexual. No entanto os resultados obtidos afirmam que a formação acadêmica em psicologia têm pautado as discussões de gênero e sexualidade ainda de forma introdutória, sendo portando um desafio contemporâneo lidar com as diversidades de modelos familiares que chegam a justiça.