O Departamento de Documentação e Cultura (DDC) era uma repartição Municipal, subordinada ao prefeito da capital pernambucana que substituiu a Diretoria de Estatística e Propaganda e Turismo (DEPT), que passou a se chamar Diretoria de Documentação e Cultura em 1945. Em 1953, durante a reforma administrativa determinada pelo prefeito José do Rego Maciel, a Diretoria passou a denominar-se Departamento de Documentação e Cultura. Os serviços do Departamento sofreram vultosas mudanças, tanto nos seus serviços como na sua estrutura. Ele conseguiu trazer uma nova proposta para vida cultural da cidade, sobretudo nas áreas menos favorecidas. Os seus programas culturais desenvolvidos durante muitos anos proporcionaram a criação de bibliotecas populares, em bairros periféricos do Recife; discotecas, onde era possível ter acesso a músicas eruditas e folclóricas; apresentação de concertos musicais e peças teatrais, na maioria das vezes em praça pública; o cinema popular e o turismo que oferecia excursões com preços mais acessíveis aos menos favorecidos economicamente. Assim, o artigo tem como objetivo analisar e problematizar a criação do Departamento de Documentação e Cultura e a sua importância para o desenvolvimento das politicas públicas voltadas para o fomento da cultura e educação na cidade do Recife na década de 1950.