Essa pesquisa objetivou investigar as estratégias utilizadas pelos alunos surdos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental (EF) na resolução de problemas envolvendo equações do 1º grau. A Álgebra difere do que os alunos estão acostumados, pela presença de letras, das relações de equivalência e das generalizações, fazendo muitas vezes com que o aprendizado só ocorra de forma mecânica e por meio de exercícios. O referencial teórico respaldou-se na História da Educação dos Surdos e em suas particularidades no âmbito educacional, subsidiada pelas etapas da Teoria de Polya (1995) em resoluções de problemas de equação do primeiro grau. Essa é uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso interpretativo. Foi realizada uma entrevista semiestruturada com três alunos surdos do 8º e 9º anos do EF da Escola Estadual que apresenta a maior parcela de surdos do município de Timbaúba – PE e um questionário com problemas de equação do primeiro grau. Identificamos que os conhecimentos dos alunos pesquisados acerca de equações do 1º grau não evidenciam um bom domínio, pois por vezes eles recorreram a resoluções por meios aritméticos e fizeram uso de tentativa e erro para atingirem a resposta, quando seria propício o uso de meios algébricos. Portanto, o ensino de Álgebra por meio da resolução de problemas é capaz de estimular a aprendizagem, mas para isso, se faz necessário que o corpo docente utilize métodos que promovam o conhecimento necessário para o aprendizado contemplando inclusive os alunos com necessidades especiais.