O filósofo Giorgio Agamben discute os conceitos de “Contemporâneo” e “Dispositivo” numa leitura que perpassa Hegel, Foucault, Platão, Aristóteles, Hyppolite, Friedrich Nietzsche, Mandel’stam entre outros pensadores. Trabalhando numa perspectiva para a educação étnico-racial, propomos um dialogo entre os conceitos discutidos por Giorgio Agamben, em sua obra intitulada: “O que é o contemporâneo? E outros ensaios” (2009), com o filme “Quilombo” de 1984, que nos traz uma representação da resistência negra à escravidão no Nordeste do Brasil no século XVII. Tendo o objetivo de buscar nesta relação, contribuições para o ensino da história das resistências e da cultura negra no território brasileiro, procedemos metodologicamente, adotando os conceitos discutidos por Agamben, como ferramentas de análise, no dialogo entre o filme e o ensino étnico-racial. Encontrando perpetrado nestes a coexistência do Contemporâneo e dos dispositivos.