Este trabalho apresenta a posição sobre as cotas raciais de alunos negros do ensino médio do Centro de Educação Profissional Pedro Ribeiro Pessoa – CEEP-PRP, na cidade de Catu-Ba. Estes sujeitos participaram de atividades pedagógicas, analise e debate de conceitos e temas sobre as questões étnico raciais, contudo defenderam ideias contraditórias e contrários a pratica das cotas raciais. A metodologia desta pesquisa é interventiva e tem como suporte teórico a dialética materialista presente no trabalho de George Lukács intitulado “O que é marxismo ortodoxo?”. A contraposição e contradição de ideias que levem a outras ideias compõem o método dialético, assim o objetivo do presente trabalho é abordar conceitos vinculados a essa experiencia pedagógica que culminaram neste posicionamento dos discentes, que na concepção marxista impossibilita a evolução do proletariado. Para discutir essas questões exponho conceitos e fundamentos que se interseccionam: dialética e dialética materialista, identidade(s) e identidades raciais, ações afirmativas e nestas onde se situam as cotas raciais. Descrevo os dados da pesquisa, a vivencia pedagógica e interpelo a postura dos sujeitos e os resultados na fundamentação teórica de Bachelard sobre os obstáculos epistemológicos. Espera-se evidenciar na dialética marxista contribuições para se discutir as cotas raciais na educação e nas concepções psicanalíticas de Bachelard fundamentos para se interpretar os resultados desta pesquisa.