Este artigo traz como estudo as práticas pedagógicas realizadas na Escola Indígena Potiguara Pedro Poti localizado na Aldeia S. Francisco, município de Baía da Traição e sua contribuição para a inserção dos jovens alunos no Movimento Indígena que impulsiona a luta pela reafirmação e permanência da identidade, cultura e direitos indígenas. Utilizou-se como metodologia uma pesquisa bibliográfica e entrevistas semi-estruturada com ex-alunos da escola e que atuam no Movimento Indígena. O Povo Potiguara habita o território da Mata Atlântica Norte antes mesmo das invasões portuguesas, francesas e holandesas. Distribuídos em 32 aldeias, conta com uma população de aproximadamente 19 mil habitantes. A Escola Pedro Poti é considerada a pioneira no estado da Paraíba por ser a primeira escola construída na terra indígena com ensino fundamental e médio, no coração que, além de apresentar um currículo universal, oferece disciplinas específicas como a de língua indígena o Tupi Antigo, Etnohistória e Arte e cultura proporcionando ao alunado maior conhecimento e recuperação de sua língua materna, maior compreensão da sua história, revitalização de sua cultura e de sua espiritualidade através da prática do toré, produção de artesanatos e pinturas corporais como também uma melhor compreensão do próprio sujeito indígena e seu pertencimento ao Povo Potiguara possibilitando aos jovens maior resistência no enfrentamento à invasão cultural, participação efetiva no Movimento Indígena e melhores possibilidades para ingressarem na universidade.