Este estudo objetiva discutir a questão da autoidentidade afro-brasileira de alunos(as) do ensino fundamental II da escola pública municipal José Lins Sobrinho, dando especial atenção a questão da autoafirmação étnico-racial. Este trabalho resulta de uma ação desenvolvida no projeto de extensão (Identidade afro-brasileira e enfrentamento do racismo: construindo novas relações sociais) vinculado a Universidade Federal da Paraíba-UFPB. A referida ação tratou-se da aplicação de questionários semiestruturados a 160 alunos(as) da referida escola. Depois de respondidos, os questionários foram analisados e discutidos os dados que trouxeram informações a respeito da formação familiar dos (as) alunos(as), os quais em sua maioria convivem com mais de cinco pessoas compartilhando renda de até um salário mínimo mensal; quanto a afirmação étnico – racial verificou-se que boa parte se assume como PARDO e “MORENO”, poucos se consideram NEGROS ou PRETOS. Ao serem questionados, muitos afirmaram existir mais estudantes negros(as) na escola, se contrapondo ao resultado exposto no gráfico, e atribuem a dificuldade destes se assumirem como tal, por sentirem vergonha da cor negra, medo do preconceito, racismo e discriminação. Com isso, percebemos que há a necessidade de continuar com as ações do projeto acima referido, pois este fortalecerá a importância da identidade afro-brasileira, contribuindo para que mais alunos(as) se sintam a vontade em se reconhecerem como negros(as) e tenham a oportunidade de participarem de atividades que buscam o respeito a diversidade étnica-racial principalmente ao que se refere a cultura e identidade do povo negro.