Através deste trabalho objetivamos discutir e repensar algumas práticas de ensino em sala de aula, principalmente, nas aulas de Língua Portuguesa. Consideramos que a língua se constitui em um processo ininterrupto, realizado através da interação verbal entre interlocutores (BAKHTIN, 1997). Nesse sentido, os sujeitos são vistos como agentes sociais, através do processo dialógico (BAKHTIN, 1992), no qual ocorrem as trocas de experiências e conhecimentos. Assim sendo, através de uma pesquisa bibliográfica e aplicação de questionário para duas professoras de séries iniciais como também a aplicação de uma entrevista para seis de seus alunos em uma escola pública da cidade de Maceió. Buscamos observar na prática aulas com jogos pedagógicos que, considerando os aspectos estruturais e normativos, extrapolasse o movimento de decodificação da linguagem, pois, segundo Geraldi (1984), não devemos abolir a situação concreta da interação. Consideramos importante partir de um contexto social e concreto e assumimos não observarmos apenas os aspectos mais superficiais e micro estruturais da linguagem, analisamos as intervenções que proporcionaram aos alunos a possibilidade de uma participação ativa, através de suas experiências de leitura de mundo (FREIRE, 1981).