A construção de e manutenção das normas heteronormativas são influenciadas cotidianamente pela família, a escola e a igreja. Todas essas instituições possuem uma parcela de responsabilidade, seja pelas práticas e ações que legitimam as diferenças, seja por meio da linguagem, dos gestos ou, até mesmo, das brincadeiras, reforçando as diferenças. O sexismo ocorre por falta de informação e pelo reforço de uma cultura heteronormativa, que considera como única forma de relacionamento a relação existente entre um homem e uma mulher. Nesse contexto, o presente artigo tem por objetivo refletir, observar e investigar as relações de gênero, bem como os padrões de comportamento dos/as alunos/as de uma escola da Rede Municipal de Campina Grande/PB, que são construídos no ambiente escolar por intermédio das brincadeiras, das falas e dos conteúdos sexistas e discriminatórios na prática pedagógica. Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo. As análises tiveram como palco de observação tanto a sala de aula como as demais dependências da escola. Utilizou-se de entrevistas semiestruturadas que trataram das temáticas em discussão (sexismo, discriminação, preconceito). Foram feitas análises dos dados qualitativos, apoiados nas teorias de Antoni Zabala (1998), Guacira Louro (1997), entre outros autores. A pesquisa mostrou que as práticas pedagógicas em sala de aula e no próprio ambiente escolar, reproduzem as normas hetero normativas conduzindo e construindo os modelos padronizados de comportamento.