A docência feminina no Brasil surgiu vinculada a necessidade de inserção da mulher no mercado de trabalho e também pelo fato da sociedade considerar que a profissão de professora de crianças era ideal para ser exercido por mulheres (ALMEIDA, 1998). Em termos históricos a atuação das professoras ganhou ênfase com o surgimento dos grupos escolares (SAVIANI, 2004) no fim do século XIX e início do século XX e também com a formação do magistério que acontecia nas Escolas Normais. Entretanto, ao longo dos anos várias mudanças sociais aconteceram e as mulheres por meio de movimentos organizados como o feminismo (SOARES, 1994) conquistaram novos espaços na sociedade, sendo possível, entre outros fatores, ressignificar a profissão docente, dentro de uma perspectiva mais crítica da sua formação (CANEN, XAVIER, 2011) e a própria prática educativa realizada com mais engajamento político. Destacamos que a diversidade dos sujeitos foi cada vez mais sendo inserida nos processos educacionais especialmente na escola do ensino fundamental e tal situação exigiu da mulher, principal protagonista da docência feminina um olhar diferenciado para os sujeitos diversos (ARROYO, 2014; GOMES, 2012). Portanto, trazemos uma breve revisão bibliográfica que aponta algumas perspectivas da feminização da profissionalização docente e reflexões sobre a importância da atuação da mulher como professora na compreensão da diversidade na sociedade contemporânea.