O presente trabalho objetiva levantar quais são as principais dificuldades ocorridas no processo de leitura e interpretação textual de alunos surdos; e verificar, a partir do uso de tecnologias assistivas, quais são as mudanças ocorridas na construção da compreensão do sentido da leitura, pois como a aprendizagem da Língua Portuguesa como segunda língua (L2) é complexa para esses sujeitos, é preciso pensar que para a apreensão dessa língua são utilizadas estratégias que vão além da decifração de letras. Para atender os objetivos propostos, observamos diversas sessões de leitura e interpretação textual dos alunos surdos do 5º ano da Escola de Audiocomunicação de Campina Grande (EDAC). Ao analisarmos os dados colhidos nestas sessões, verificamos que, em todas elas, os alunos interagiam entre si e com a professora na busca da construção coletiva de significações e de conhecimentos acerca dos textos lidos. Esse fato, nos leva a crer que, também, para a educação de surdos, o uso de tecnologias assistivas é imprescindível como um instrumento mediador da aprendizagem, pois como sua relação com a Língua Portuguesa é de L2, o uso desses recursos nos processos educativos e linguísticos e a cooperação entre pares são fatores de notável relevância no processo de construção dessa língua.