Apesar das transformações tecnológicas a escola ainda continua sendo espaço privilegiado para aprendizagem, de construção coletiva do conhecimento. A escola torna-se um campo experimental, no qual dia a dia está sujeita a novos desafios e oportunidades de ensino/aprendizagem. Voltada também para a nova configuração da sociedade, onde os formatos híbridos das produções orais e escritas se mesclam com o caráter cada vez mais multicultural dos indivíduos. Este trabalho se propõe a refletir sobre a importância do ensino de línguas, em especial, o espanhol, no contexto escolar. Refletiremos também sobre a reforma que está em vigor no ensino Médio e suas implicações no ensino de línguas estrangeiras. Para tanto, nos utilizaremos da pesquisa documental e bibliográfica, contaremos com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental (Brasil, 1998) e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006), e também com as leis 11.161/2005, que tornava obrigatória a oferta de espanhol no ensino médio e a lei nº 13.415, de 2017, que revogou o seu ensino. Distanciando cada vez maior dos alunos brasileiros do reconhecimento enquanto cidadãos latino-americanos, que se constitui a partir da relação com o outro. Não obstante esses documentos defenderem um ensino voltado para a formação do cidadão, crítico e ativo. E as línguas estrangeiras, de certo modo, cumprirem com essas exigências, pois podem promover a interculturalidade e alteridade, pouco se é feito. Essa desvalorização do ensino de línguas adicionais nas escolas, influenciadas pelo governo federal, de nenhum modo, suplantam sua importância e real necessidade no contexto educativo.