O presente artigo analisa a historicidade das relações entre a medicina e as terapêuticas não científicas, focalizando a experiência paraibana nas primeiras décadas do século XX. Nesse sentido, buscamos compreender como a institucionalização de uma medicina científica na Paraíba alterou sua correlação de forças com outras artes de curar. Para tanto, analisamos obras sobre a institucionalização da medicina no Brasil e textos sobre a história da medicina na Paraíba. Além disso, trabalhamos com Mensagens dos Presidentes do estado dirigidas ao Legislativo estadual e com edições do jornal A União. Na discussão da problemática proposta, dialogamos com a perspectiva teórica da História Cultural, especialmente com as formulações de Roger Chartier (2002) sobre o conceito de representações sociais.