A descentralização das ações em saúde é um importante fator de gestão dos serviços e traz melhoria das condições de saúde populacional. E o Distrito Sanitário (DS) é o território estratégico para as ações em saúde. Entretanto, frequentemente reduz-se a um entendimento meramente administrativo, esquecendo-se da capacidade de identificar problemas e desenvolver propostas de intervenção. Assim, objetiva-se com esse trabalho identificar as práticas e processos da rede de saúde de Campina Grande – PB, por meio da vivência de estágio no DS II, buscando verificar o funcionamento dos DS e os níveis de atenção inseridos nesse contexto. Trata-se de relato de experiência proporcionado pelo componente curricular Estágio Supervisionado III.I do departamento de Odontologia da UEPB, realizado por graduandos por meio de entrevistas com as gerentes e apoiadoras dos DS. O DSII possui nove bairros, oito UBSFs, doze ESF e seis ESB, e busca suprir a falta de cobertura com os PACs e encaminhamentos para outros níveis de atenção. Observa-se que existe deficiência na coleta de informações acerca do perfil epidemiológico em relação à saúde bucal e que a necessidade de assistência por estas comunidades é refletida no acolhimento recebido pelas equipes, sendo estas bem recepcionadas em áreas julgadas como de risco. São necessários avanços na Rede de Atenção à Saúde para funcionamento consonante com as diretrizes do SUS e a deficiência no armazenamento de dados do perfil epidemiológico da população sugere necessidade de maior articulação entre gestão e executores para concretizar o objetivo da descentralização das ações em saúde.