As interações medicamentosas (IMs) são conhecidas por uma resposta farmacológica ou clínica em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco. A unidade de terapia intensiva (UTI) é o setor hospitalar caracterizado pela complexidade do tratamento ao paciente em estado grave. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento epidemiológico das prescrições da UTI adulto e identificar às IMs. Realizou um estudo transversal, com coleta retrospectiva de dados, desenvolvido entre o mês de outubro de 2016 a janeiro de 2017 com pacientes internos na UTI adulto, do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande - Paraíba. A ocorrência de IMs foi avaliada pela da base de dados Micromedex®, disponível pelo portal Capes. Foram analisadas prescrições de 60 pacientes obtendo um número de 904 medicamentos prescritos, e assim uma média de 15 medicamentos por prescrição, evidenciado o uso de polifarmácia que é um dos principais fatores de risco para ocorrência de IMs e reações adversas ao medicamento. A forma farmacêutica mais utilizada foi à solução injetável, consequentemente a via de administração intravenosa. Encontrou 486 possibilidades de IMs com uma média de 8,1 IMs por prescrição analisada. As principais IMs foram: (Fentanil – Midazolam), (Midazolam – Omeprazol), (Midazolam – Ranitidina), (Metronidazol – Ondansentrona), (Fentanil – Ranitidina), (Fentanil – Fluconazol), (Ondansetrona – Prometazina), (Ciprofloxacina –Metronidazol), (Fluconazol – Ondansentrona). A atenção aos pacientes internos em UTIs que utilizam uma grande quantidade de medicamento deve ser redobrada, a fim de minimizar os danos provocados pelas IMs que trazem risco à saúde.