Os benzodiazepínicos são substâncias que alteram funções diretamente no sistema nervoso central, administrados para o tratamento de ansiedade e insônia, por exemplo, mas que se não utilizados racionalmente, apresentam risco de causar dependência e tolerância em pouco tempo. Por isso, esses fármacos são considerados psicotrópicos e participantes das listas anexadas a Portaria 344/98 da Anvisa, que versa sobre substâncias de controle especial. O presente estudo objetivou analisar o uso desses medicamentos em uma unidade de urgência e emergência. Metodologia: O estudo foi transversal, com abordagem descritiva e quantitativa, sendo realizado na Unidade de Pronto Atendimento Doutor Maia, de Porte III, no Município de Campina Grande – Paraíba, coletando dados em fevereiro e março de 2018. Os medicamentos foram classificados de acordo com o Anatomical Therapeutic Chemical, os diagnósticos de acordo com a Classificação Internacional de doenças na versão 10 e as possíveis interações medicamentosas definidas com base no sistema Micromedex. Resultados: A maioria dos usuários do serviço de saúde que receberam benzodiazepínicos eram do sexo feminino, sendo o Diazepam o mais prevalente e o distúrbio neurovegetativo, o diagnóstico. Com relação as interações, a associação entre Midazolam e Fentanila foi a mais encontrada, com potencial risco de gravidade. Conclusão: Foram encontrados dados que indicaram consonância a outros estudos, como a maior prevalência do sexo feminino e de distúrbios ansiosos e, verificou-se que apesar do conhecimento de possível interação medicamentosa grave, houve a administração de medicamentos associados em setor de gravidade mais elevada e de necessidade de maiores assistências.