Os derivados espiro-acridínico são uma nova classe de moléculas derivadas do anel acridina que sofrem ciclização espontânea após sua síntese. Esses derivados apresentam excelente atividade anticancerígena e antiparasitária, mas seu uso na clínica está restrito devido à sua característica físico- química de alta lipofilicidade, causando insolubilidade em meio aquoso o que dificulta sua dissolução em meios biológicos. As nanopartículas (nanocápsulas e nanoesferas) de poli (ácido láctico) (PLA) podem superar essa baixa solubilidade do derivado em água, aumentar sua biodisponibilidade e direcionar o tratamento para tumores. Dessa forma, esse trabalho teve por objetivo a obtenção nanopartículas de PLA contendo o derivado espiro-acridínico AMTAC-01 pela técnica da nanoprecipitação. A caracterização das nanopartículas revelou um tamanho médio menor que 200 nm após encapsulação. A espectroscopia na região do infravermelho não revelou a presença de novos picos, indicando que o processo de nanoencapsulação do derivado não favorece nenhum tipo de interação que descaracterize o polímero utilizado e a difração de raios-X revelou um aspecto amorfo das partículas após encapsulação, indicando que o fármaco pode estar disperso molecularmente na matriz polimérica. Estes resultados preliminares indicam que de fato o fármaco está encapsulado nas nanocápsulas de PLA e seu estado amorfo após encapsulação indica alto potencial do derivado encapsulado na terapia contra o câncer com possível aumento de biodisponibilidade e possível acumulação em tumores.